EVIDÊNCIAS ÉTICAS
QUANTO AO AMOR E À LEI EM
RELAÇÃO AO CRIADOR - CONSTRUTOR
Avançando em algumas particularidades
do Sermão da Montanha, pregado por Jesus (Mt 5-7), observa-se que, depois de
haver revelado o caráter dos cidadãos do seu reino e sua utilidade no mundo, o
Rei passa a declarar-lhes as leis que devem reger o procedimento de seus
súditos. De início, observamos
que o Rei se deixa ver como o exemplo a ser seguido quando diz: “Não penseis
que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir”
(Mt 5: 17). O nosso Senhor não veio para tornar nula a lei ou para deixá-la de
lado. Também não veio para invalidar os profetas, mas para cumprir a lei e
dar-lhe significação espiritual.
Em suma, Jesus não foi um destruidor;
foi um construtor. Assim como numa roseira quando o botão se transforma em
flor, não é destruído, mas se completa tornando-se depois em forma de rosa;
assim Jesus não veio para destruir a lei e os profetas, mas para lhes
interpretar à luz do amor. Toda a lei e qualquer concepção de Deus a partir do
Antigo Testamento - que é sucedido pela revelação dada por Cristo - deve ser
considerada em parte inadequada ou imperfeita, “porque o fim da lei é Cristo”
(Romanos 10: 4). E a ética de Cristo quanto à lei e aos profetas se resume no
amor. Foi assim que ele sumariou o grande mandamento diante dos fariseus: em
primeiro lugar é dever de toda criatura amar a Deus de todo o coração, de toda
alma e de todo entendimento. Em segundo lugar, mas com importância igual à
exigência do primeiro, é dever de toda
criatura amar ao próximo como a si mesmo. Sentencia o Mestre: “Destes dois
mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Em tudo devemos nos espelhar na ética de
Jesus. Se pelas palavras do Mestre, a lei está subordinada ao amor, então
amemo-nos uns aos outros com amor ágape, isto é, amor às pessoas de forma
terna, de boa vontade, acolhendo-as com alegria e de forma respeitável. Assim
agindo cumpriremos a lei estabelecida no reino para aqui e para a eternidade.
Nos laços da Cruz!
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.