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Tema Anual: " Bem- aventurança: Questão de Distinção, Percepção e Cuidado".
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Somos uma Igreja Reformada. Cremos no Deus Triúno que subsiste na pessoa do Pai e do Filho, e do Espírito Santo. Cremos a Inerância das Escrituras Sagradas. Pregamos a Mensagem de Jesus Cristo. Estamos situados à rua Araquem, Lote 6, Quadra 618 - Bangu- RJ;Tel:3337-3337

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pastoral da semana de 15 de julho de 2012


“E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”
(Mateus 6: 5)
            Conta-se acerca de um ancião, cujas orações comoviam profundamente a congregação a que pertencia que, certa vez chegou à igreja numa noite muito fria de inverno. Apenas tinha-se sentado quando o pastor pediu que dirigisse a oração. Ele levantou-se com dignidade e disse para que todos ouvissem: “Irmão pastor, terá que me dispensar desta vez. Meu espírito está tão frio como meu corpo. Se eu tentasse orar neste momento, seria somente para agradar ao meu pastor e entreter o auditório. Por favor, peça a outro, que esteja no espírito da reunião, que ore e, quando estiver espiritualmente preparado, terei muito prazer em orar também”. Outro conto discorre sobre um fazendeiro; ele dizia que a sua grande dificuldade era o fato de que quando entrava no seu quarto para orar ser seguido por dois mil bois. Imagine-se o homem tentando orar, com os olhos meigos de dois mil bois fitos nele!
            A oração é o ato de falar com Deus e é o mais alto privilégio concedido ao homem. Jesus advoga a sinceridade na oração em público. Porque somos convidados precipitadamente a orar sem aviso prévio, há, muitas vezes, insinceridade na oração pública e, usar este grande privilégio para parecer religioso diante dos homens, é praticar hipocrisia.  
            Não há, nas Escrituras nenhuma condenação à oração pública ou a oração individual oferecida em lugar público. O que o Senhor condena aqui é a oração ostentosa, com a intenção de ser visto e honrado pelo povo, assim como levar deixar que as dificuldades da família, as desilusões, as provas, as enfermidades, os ódios, os prazeres etc, ocupem um lugar reservado para a comunhão com Deus.    “Feche a porta”, diz Jesus. Feche a porta da distração com pessoas e coisas e abra o coração àquele que “sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais”. A recompensa é a paz que excede todo o entendimento que guarda nosso coração e nossa mente em Cristo Jesus. Nele, toda paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

terça-feira, 15 de maio de 2012


EVIDÊNCIAS ÉTICAS QUANTO AO AMOR E À LEI EM RELAÇÃO AO CRIADOR - CONSTRUTOR

         Avançando em algumas particularidades do Sermão da Montanha, pregado por Jesus (Mt 5-7), observa-se que, depois de haver revelado o caráter dos cidadãos do seu reino e sua utilidade no mundo, o Rei passa a declarar-lhes as leis que devem reger o procedimento de seus súditos.         De início, observamos que o Rei se deixa ver como o exemplo a ser seguido quando diz: “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” (Mt 5: 17). O nosso Senhor não veio para tornar nula a lei ou para deixá-la de lado. Também não veio para invalidar os profetas, mas para cumprir a lei e dar-lhe significação espiritual.
       Em suma, Jesus não foi um destruidor; foi um construtor. Assim como numa roseira quando o botão se transforma em flor, não é destruído, mas se completa tornando-se depois em forma de rosa; assim Jesus não veio para destruir a lei e os profetas, mas para lhes interpretar à luz do amor. Toda a lei e qualquer concepção de Deus a partir do Antigo Testamento - que é sucedido pela revelação dada por Cristo - deve ser considerada em parte inadequada ou imperfeita, “porque o fim da lei é Cristo” (Romanos 10: 4). E a ética de Cristo quanto à lei e aos profetas se resume no amor. Foi assim que ele sumariou o grande mandamento diante dos fariseus: em primeiro lugar é dever de toda criatura amar a Deus de todo o coração, de toda alma e de todo entendimento. Em segundo lugar, mas com importância igual à exigência do primeiro,  é dever de toda criatura amar ao próximo como a si mesmo. Sentencia o Mestre: “Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.   
       Em tudo devemos nos espelhar na ética de Jesus. Se pelas palavras do Mestre, a lei está subordinada ao amor, então amemo-nos uns aos outros com amor ágape, isto é, amor às pessoas de forma terna, de boa vontade, acolhendo-as com alegria e de forma respeitável. Assim agindo cumpriremos a lei estabelecida no reino para aqui e para a eternidade. Nos laços da Cruz!

            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pastoral da semana de 29 de abril de 2012


Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (Mt 5: 14-16)

     As ações falam mais alto  do que as palavras. Se literalmente não podemos edificar uma cidade sobre um monte, devemos ao menos acender uma luz para alumiar o cantinho em que vivemos.
   Nos momentos de escuridão no transcurso dos séculos, o cristianismo surgiu resplandecente sobre esse mundo obscurecido pelo pecado. Outra vez, tempos depois, a luz parecia escondida sob a nuvem de trevas da opressão religiosa. Mas, novamente a luz reapareceu na época da Reforma. Às vezes quase a vemos apagar-se atualmente, porém ela, nunca tem deixado de iluminar as almas que a têm buscado.
     Apesar disso, não é sobre os que a têm buscado sem conseqüência alguma que essa “luz” brilha, mas notadamente sobre aqueles cujas obras dão motivo à glória de Deus. À semelhança do que uma lâmpada acesa significa numa casa, o seguidor de Jesus deve igualmente exercer seu papel  no mundo, ou seja,  deve deixar sua luz brilhar a fim de que as pessoas possam ver a sua conduta e as suas boas obras. Obras estas consideradas como produto da fé, às quais o Senhor Jesus dá ênfase: “para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” - de fato, não adiante falar e não fazer.
     Os cidadãos do Reino não podem fugir à sua responsabilidade. Essa é a missão de cada súdito. Essa é a missão da Igreja: refletir a luz do Salvador aos que vivem nas trevas e reverberar nesse mundo a mensagem de salvação para que:
     1. Jesus Cristo seja crido (At 2: 14-41);
     2. O perdido seja achado (Lc 15);
     3. O achado seja fortalecido na fé (2 Pe 1: 5);
     4. Deus seja glorificado (I Co 10: 31).

     Resplandeça a vossa luz diante dos homens, para a glória de Deus!    
     Nos laços da Cruz.

            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Pastoral da semana de 15 de abril de 2012

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (Mt 5: 14-16)

     Quão belas e desafiadoras palavras disse Jesus aos seus discípulos ao declarar-lhes “vós sois a luz do mundo”. Somos andarilhos pelas terras deste mundo e amiúde somos chamados a sair da escuridão das suas ruas; e é, mesmo, necessário. A luz, num entendimento amplo, serve para dissipar a escuridão de forma que  aquilo que não se via passa ser visto, e todos nós sabemos o quanto é difícil andar no escuro. Porém, quando as luzes estão acesas tudo fica mais fácil. Num contexto mais restrito fica claro, então, que a luz serve para iluminar e para guiar pessoas para que não tropecem nalgum obstáculo ou tomem rumo errado numa caminhada.
     Nas Escrituras, luz indica o verdadeiro conhecimento de Deus e da sua bondade, justiça e verdade. Do conhecimento de Deus e de sua palavra advém o deleite, a alegria, a felicidade verdadeira. Simboliza o que há de melhor no campo da sabedoria e do amor em contraste com as trevas e o que há de pior na arena da ignorância, da depravação e do desespero. Neste mundo, o cristão deve refletir a boa luz de Cristo, dissipando, assim, toda treva e permitindo que as pessoas andem com tranqüilidade de forma a minorar as probabilidades de se ferirem. Assim como numa viajem noturna por estradas escuras, placas luminosas servem como advertência quando passamos por lugares perigosos, assim deve ser a vida relacional do cristão neste mundo: um sinal de alerta contra o mal; um luzeiro nas trevas a iluminar o caminho que deve ser seguido.
     A Bíblia ensina que Jesus Cristo é a verdadeira luz e que nele não há treva nenhuma. Assim sendo, os discípulos de Jesus convocados são  para serem aqui na terra o reflexo da luz verdadeira que é Cristo. O chamado do cristão é para brilhar e para funcionar positivamente como dissipador de trevas, iluminando o mundo no qual vive de forma que a glória seja dada a Deus, nosso Pai. Esta é a mensagem do Mestre.  Este é o nosso desafio!
     Nos laços da Cruz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

PÉROLAS PARA O CORAÇÃO

“Vós sois a luz do mundo... assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Jesus Cristo - Mt 5: 14-16).  

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pastoral da semana de 8 de abril de 2012

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (Mt 5: 14-16)






     Depois que Jesus ensinou sobre as bem-aventuranças, ele mostrou como elas devem ser aplicadas na vida prática, como devem ser vividas. Segundo a figura de linguagem usada por Jesus a vida cristã deve ser vivida de forma útil, transformadora e conservadora. Este é, também, um dos significado da luz.
     R. N. Champlin entendia que Jesus falava sobre o caráter do cristão - o que o cristão deve ser: “A idéia geral é que o crente santificado deve possuir a realidade daquilo que professa”. Isso tem a ver com integridade. O cristão tem de viver como cristão, senão ele perde o seu real valor e não serve para mais nada. Champlin enfatizou: “Provavelmente a idéia básica é que se o cristianismo não funcionar como deve, como é que o mundo, de modo geral, poderá perceber qualquer coisa boa da graça de Deus?”. É dever de cada cristão influenciar o mundo pela maneira como vive. Por um lado ela deve ser útil para a conservação. O cristão, mais do que qualquer outro, tem a obrigação, o dever moral de ser um conservador. A vida cristã deve ser fonte de conservação dos valores éticos e morais. A terra precisa dessa influência conservadora, pois o mundo só não é pior do que já é, em todos os seus aspectos, graças à presença conservadora do sal que existe na vida daqueles que são verdadeiros cristãos.
     Igualmente o cristão deve ser agradável em todos os lugares e em todos os momentos da sua existência. A dureza da vida, a frieza do mundo, a indiferença das pessoas, a falta de luz produzida pela violência e pela deterioração dos valores morais, só podem ser compensadas pela presença de um cristianismo autêntico. O ambiente oxigenado com a presença do cristianismo tem que ser o mais gostoso, o mais agradável e o mais saboroso possível. O grande exemplo é a própria vida de Cristo, pois por onde ele passava havia transformação. Jesus sempre viveu de forma conservadora e transformadora. Jesus mudou os cenários da existência humana, transformou o cenário de morte em um cenário de vida, mesmo depois da morte. Assim deve ser a vida cristã. Que o cristianismo continue sendo a luz do mundo através de cristãos autênticos, para a glória de Deus.
     Em Cristo Jesus, paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

sábado, 31 de março de 2012

COMUNICANDO

PÁSCOA: Tanto para o povo hebreu, que viveu durante 430 anos no Egito (quase todo esse tempo em regime de escravidão) quanto para os cristãos, a páscoa tem um significado essencial: libertação. Aproveitando-nos do tempo e da época, somos convidados a refletir sobre o significado básico deste precioso evento. No passado, Deus imprimiu na mente do seu povo que deveria reunir-se todos os anos e celebrar a libertação comendo pães sem fermento durante uma semana, acompanhado de ervas amargas e com a carne de um cordeiro sem defeito, imolado para a ocasião especial. O pão lhes lembraria a rápida fuga, sem o tempo para a preparação do pão com fermento, quando deixaram um país e toda uma vida de escravidão para trás. As ervas seriam a lembrança do amargor de ser escravo e não ter liberdade. O sangue do cordeiro seria passado nas portas, lembrando-lhes que a sua liberdade foi a custo de sangue e intervenção divina. Assim também lembrariam que não deveriam escravizar outras pessoas.
            Com o advento Cristo, o Cordeiro Pascal veio trazer liberdade para que o ser humano pudesse ser, amar, servir e conhecer a verdade; e liberdade do pecado escravizante que cega e não permite ao indivíduo saber, sequer, que é escravo. Não é liberdade absoluta, no sentido pretendido pelo modernismo e pós-modernismo, mas relativa e condicionada à verdade absoluta que a define. Parte fundamental do sentido de liberdade está no respeito ao próximo, que é amar ao próximo como a si mesmo, mas isto fruto de servir a Deus, amando-o do todo coração, força, alma e entendimento.
            Celebramos a liberdade cristã na Páscoa, conhecendo a Verdade, amando a Deus e ao próximo, obedecendo àquele que nos ensinou a fazer, em memória dele, a encenação daquela última ceia pascal de que ele mesmo partilhou. Repetindo-a por que Ele disse que estaria conosco até a consumação dos séculos.

Pastoral da semana de 01 de abril de 2012

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (Mt 5: 14-16)
     Luz. O que caracteriza a luz é a propriedade que ela tem de consumir-se a si mesma; de extinguir-se no serviço em favor de outros; de sacrificar-se para que possa iluminar-lhes o caminho. Enquanto a ação do sal é silenciosa, penetrante, invisível; a ação da luz se dá abertamente, é visível.
     Comparativamente, a influência do caráter cristão tem dois aspectos: um silencioso, oculto e penetrante que governa a vida interior; o outro manifesto, que ilumina outras vidas. Devemos chegar a sermos sal antes de sermos luz, mas muitos ambicionam primeiro serem luz a fim de serem vistos e honrados pelos homens; não querem trabalhar silenciosamente como o sal, sem o aplauso público.
     Por outro lado, notemos que Jesus não disse: “Vós sois os portadores da luz”, mas sim “Vós sois a luz do mundo”. Somos inclinados a pensar na luz em termos abstratos, como uma verdade ou doutrina, como algo que deve ser aceito e ensinado a outros. Dizemos: “A verdade prevalecerá”. devemos lembrar, porém, que a verdade , para ser triunfante, tem de viver no coração humano; tem de ser revelada na vida humana, e proclamada pela voz humana.
     A lâmpada não é acesa para iluminar-se a si mesma, ou para que desfrute a sua própria luz. A lâmpada é acesa para iluminar a outros. Ninguém é salvo simplesmente para seu próprio benefício, mas sim, para assinalar a outros o caminho da salvação. Assim como o sal se perde no processo de preservação da carne, também a luz se consome a si mesma. A luz é custosa. Quando vemos uma luz, sabemos que algo está queimando. Quanto mais arde a lâmpada, mais azeite consome, mesmo os focos elétricos se queimam.
      Para ser a luz do mundo Cristo deu a sua própria vida; e nossa missão, como luz do mundo, não pode ser diferente da de nosso Senhor. Ser a luz do mundo significa dar, não somente o que temos, mas também a nós mesmos.
     Em Cristo, paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

sábado, 24 de março de 2012

Pastoral da semana de 25 de MARÇO de 2012

VÓS SOIS O SAL DA TERRA; ORA, SE O SAL VIER A SER INSÍPIDO, COMO LHE RESTAURAR O SABOR? PARA NADA MAIS PRESTA SENÃO PARA, LANÇADO FORA, SER PISADO PELOS HOMENS. (Mt 5: 13)
            Temos em Gênesis (17: 1) a narrativa da instituição da aliança divina. Em aparecendo a Abrão, o Senhor lhe disse: “Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda na minha presença, e sê perfeito”. O tom dessas palavras é uma ordem de Deus para Abrão tornar sua vida diária (pensamentos, palavras e atos) inteiramente agradável diante daquele cujo olho tudo vê. O termo hebraico tamiyn (perfeito) tem o sentido de "imaculado", mas ultrapassa essa significação ao sugerir um todo completo; cada setor preenchido completamente. O seu alcance é: completo, total, inteiro, são, saudável, sem defeito, integro. E a sua forma adjetiva substantiva neutra é: que está completa ou inteiramente de acordo com a verdade e os fatos. Ou seja, andar na presença de Deus e ser perfeito, ou ainda, ter aliança com Deus significa ter uma vida totalmente transformada com capacidade de influenciar outrem.
            Jesus disse aos seus discípulos “Vós sois o sal da terra” - o sal era, na Antiguidade, muitas vezes utilizado como sinal de aliança e era exigido por Deus para os sacrifícios. Vivermos esta vida na condição original de sal significa estarmos em aliança com Cristo segundo o mesmo caráter e influenciarmos o mundo, uma vez que o tom da mensagem sobre ser sal é que o discípulo de Jesus precisa manter seu sabor, isto é, seu caráter de cristão em meio às turbulências desse mundo. O sal não se corrompe, mesmo em contato com a corrupção, e assim deve ser o cristão. Bom no meio dos maus; justo no meio dos injustos; probo no meio da iniqüidade; prudente no meio dos insensatos; altruísta no meio dos egoístas; virtuoso em meio a desajustes.
            A consideração de sermos sal aqui é que somos reconhecidos verdadeiros seguidores de Jesus quando damos sabor e conservamos a vida de pureza neste mundo mediante a correção dos nossos pensamentos, palavras e atos pela verdadeira aliança com Cristo. Essa tarefa foi dada à Igreja. Essa é a nossa tarefa. Vivamos neste mundo como o sal - sem corrupção. Sejamos obedientes a Jesus.
            Em Cristo, paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Pastoral da semana de 18 de março de 2012

VÓS SOIS O SAL DA TERRA; ORA, SE O SAL VIER A SER INSÍPIDO, COMO LHE RESTAURAR O SABOR? PARA NADA MAIS PRESTA SENÃO PARA, LANÇADO FORA, SER PISADO PELOS HOMENS. (Mt 5: 13)
            Ser sal em meio à sociedade atual é, de fato, tarefa não muito simples, desde que não prestemos atenção ao ensino de Jesus Cristo no grande Sermão da Montanha. Ali Cristo constitui o “divisor de águas” entre a sua Igreja e o mundo não cristianizado, apesar de ambos habitarem o mesmo universo criado.
            O célebre pastor Hernandes Dias Lopes defende a tese de que a igreja é uma agência do reino de Deus no mundo. Ela está no mundo, mas não é do mundo. Ela tem uma origem diferente, uma natureza diferente, uma missão diferente e um destino diferente.  A igreja não é uma instituição puramente humana; ela tem sua origem em Deus. A igreja, como um lírio que cresce no lodo, é santa num mundo corrupto. A igreja tem o ministério da reconciliação  num mundo marcado pelo ódio. A igreja está firmada em Cristo e caminha para a glória, enquanto o mundo jaz no maligno e marcha célere rumo à perdição. A igreja influencia o mundo, mas não é influenciada. A partir desta afirmação, demonstra de que maneira três figuras neotestamentárias ilustram a influência da igreja no mundo:
            1. A igreja é sal que inibe a corrupção (Mt 5.13). Jesus diz: “Vós sois o sal da terra”. O sal tem o poder de preservar da decomposição. É um elemento anti-séptico que inibe o processo da corrupção. A igreja é uma força preventiva no mundo. Sua presença no mundo freia e desacelera o processo galopante da maldade induzido pelo pecado. A igreja presente no mundo é a manifestação mais eloqüente da graça restringente de Deus. Se a igreja não existisse, o mundo já teria se chafurdado de forma irremediável no pecado. Jesus, porém, alerta para o perigo do sal perder o seu poder de salgar. Sal que não salga só presta para ser pisado pelos homens. Sal no saleiro não protege da corrupção o mundo à sua volta. A igreja não é sal da igreja; ela é sal da terra. Ela não é sal no saleiro; ela é sal no mundo. Ela não é sal inútil e insípido; é sal que coíbe o mal e dá sabor à vida.
            Essa tarefa foi dada à Igreja. A Igreja somos nós. Como nós temos vivido neste mundo? Na próxima semana continuaremos a ver as duas outras figuras de como a Igreja é influenciadora. Em Cristo, paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

quarta-feira, 14 de março de 2012

MULHER – POEMA DE DEUS:

Dia 08 de março - Dia Internacional da Mulher. Louvamos a Deus por todas e por cada uma delas. Em sua homenagem reproduzimos este belo texto de Ruth Viana extraído do bol. da Catedral - RJ: “Na verdade, tudo que Deus criou é pura poesia. Fico imaginando o momento supremo da Criação, aquele instante em que Ele olhou tudo ao seu redor, viu que era o resultado de um sonho divino, parou e criou também o homem. Em seguida, no auge de sua inspiração, criou a mulher.  Contemplando sua obra-prima, observou cada detalhe (perfeição das curvas, sorriso, ternura, jeito de andar, olhar diferenciado) e exclamou: “Esta é a expressão mais linda do poema que trago dentro de mim!”. Integrando esse universo feminino, sinto-me suspeita para falar sobre o que essa força representa no contexto mundial, sobretudo neste milênio. Até porque, todo ano, nesta data, a cena imaginária que acabei de descrever se torna real no meu coração, e só consigo ver a mulher assim, coroada pelo Pai, pronta para cumprir a missão que lhe foi confiada. Ou seja: fiel ajudadora, no papel de esposa e mãe; dotada de um amor incondicional capaz de suprir as carências da família, mantê-la unida e ser uma espécie de porto seguro em todas as gerações. Não é por acaso que esta frase existe: “Ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher”. Vejo também que no coração de Deus já estava escrito que a mulher ostentaria um crachá único no processo da Criação, desenhado por Ele, contendo as regras celestiais que a levariam ao mais cobiçado pedestal: “... a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”. A Bíblia fala que o Pai, após criar o homem, disse: “... far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Isso prova que alcançar esse pedestal só depende de cada uma de nós. Encarando esse desafio, buscamos sempre a sabedoria do Alto para sermos aquela companheira, ungida por Deus, que passa às páginas da História Universal como exemplo da mão que embala o berço e governa nações; que se faz ponte e nunca abismo; que se vê coroada ao contemplar sua silhueta no espelho das águas de um rio, ou no espelho da própria alma. Bela por natureza, desde os tempos mais remotos a mulher é emoldurada em prosa e verso nas passarelas da vida; vestida de seda ou de chita, com manto real ou capa de sisal, morando em palácios ou sobre palafitas.”. Às mulheres, muito abençoe o Senhor!

Pastoral da semana de 11 de março de 2012

VÓS SOIS O SAL DA TERRA; ORA, SE O SAL VIER A SER INSÍPIDO, COMO LHE RESTAURAR O SABOR? PARA NADA MAIS PRESTA SENÃO PARA, LANÇADO FORA, SER PISADO PELOS HOMENS. (Mt 5: 13)



            Não é fácil ser um cristão consagrado. Nossa sociedade não tem amizade com Deus nem com o povo de Deus. Quer gostemos quer não, o cristianismo verdadeiro está em constante conflito com o mundo, pois os cristãos no mundo, têm de ser diferentes e ter atitudes diferentes. O mundo estimula o orgulho e não a humildade. O mundo incentiva o pecado. Está em guerra contra Deus, enquanto Deus deseja se reconciliar com seus inimigos e recebê-los como filhos. Para isso deu aos cristãos esse ministério.
            Vale mais para uma comunidade um homem bom do que uma polícia bem organizada, e duas dúzias de homens bons podem valer mais para uma nação do que um exército preparado para a guerra - a existência de dez homens justos salvariam Sodoma do juízo de Deus. As bem-aventuranças descritas entre os versículos três a doze falam do que devemos ser; os versículos treze ao dezesseis falam do que devemos fazer. Os cidadãos do reino são conhecidos, não somente pelo seu caráter, mas também pela influência que exercem sobre os outros.
            O cristianismo deve seguir o modelo de Jesus, o Mestre dos mestres; o Mestre por excelência. Seu método foi claro e simples, ele se utilizou de coisas familiares que nos são comuns para ensinar as verdades mais profundas e exemplificar os ideais mais elevados. Nesse ponto Jesus manifesta as relações dos cidadãos do seu reino com os que não são cidadãos, valendo-se das coisas mais conhecidas e populares: o sal e a luz. Ele revela que o cidadão do reino é preservador da sociedade. Como sal, os cristãos preservam-se da putrefação moral; como luz, libertam-s das trevas morais. O mundanismo e a secularização são condenadas tanto quanto o isolacionismo e a indiferença. Aqui Cristo revela a influência que exercem sobre a comunidade em que vivem aqueles que possuem os característicos das bem-aventuranças. O caráter santo é a salvaguarda do mundo. “Vós sois o sal da terra”. A função do sal é preservar e dar sabor. O sal se aplica à carne fresca para preservá-la e ao alimento para dar-lhe sabor. Precisa ser aplicado, espalhado ou mesmo friccionado na carne. É sacrifício; é entrega. Cristo disse: “Tende sal em vós mesmos” (Mc 9: 50) - no sentido de preservar-se e não perder as características graciosamente doadas por ele.
            Em Cristo, paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.


sábado, 3 de março de 2012

Pastoral da semana de 04 de março de 2012

“BEM-AVENTURADOS SOIS QUANDO, POR MINHA CAUSA, VOS INJURIAREM, E VOS PERSEGUIREM, E MENTINDO, DISSEREM TODO MAL CONTRA VÓS...”
Jesus é o Príncipe da Paz. O príncipe que encontrou a paz, mesmo no meio da perseguição. A bem da verdade, todo tipo de perseguição tende a provocar reações nas pessoas que sofrem essa ação e só elas, nesses casos, podem atestar em que apertos se encontram, às vezes, a paciência e a fé. O texto epigrafado diz respeito a uma ação coordenada de insultos, calúnias e perseguição física com disposição de atormentar tanto à pessoa ao ponto de ferir-lhe os sentimentos mais íntimos – no caso, por causa de Jesus.
Um adágio diz que “a verdade prostrada à terra erguer-se-á”, mas, às vezes, aquele que tem a coragem de declarar a verdade permanece prostrado e esquecido no pó da humilhação por causa das feridas de uma língua malvada e invejosa. O cristão que conserva acesa a pura luz de uma vida cristã coerente em meio aos males do mundo pode esperar perseguições e calúnias, mas os cidadãos do reino não esperam em vão a sua recompensa. Afirma o Rei: “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus”
Uma águia no Himalaia surpreendida por uma tempestade, em vez de tentar escapar ou debater contra a fúria da tormenta ajustou as asas de tal modo que quando o vento a açoitava se elevava acima da tempestade. Não lutou contra os ventos, mas aproveitou para ganhar altura e estar acima da tempestade. Nós temos, também, de nos ajustar espiritualmente de tal maneira que quando estivermos açoitados pela fúria da perseguição, Cristo nos eleve às alturas das bem-aventuranças. Não há regozijo nas perseguições nem nas calúnias, mas no fato de que as provas e a perseguição nos levam para mais perto de Deus.
Em Cristo, paz!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pastoral da semana de 26 de fevereiro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS!
            A atuação dos súditos do Rei deve ser de lealdade para com o seu Senhor. Estes (que vivem essa bem-aventurança) serão mal compreendidos e perseguidos por aqueles cuja norma de vida  se firma no egoísmo e no mundo. Em determinado momento do seu ministério, Jesus assim afirmou aos seus discípulos: “ Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome; e isto vos acontecerá para que deis testemunho. Assentai, pois, em vosso coração de não vos preocupardes com o que haveis de responder; porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem. E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós. De todos sereis odiados por causa do meu nome. Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça. É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma” (Lucas 21: 12-19). Cuida, pois, esta bem-aventurança da lealdade necessária diante das perseguições por causa do nome do Mestre. Esta bem-aventurança pode ser, também, entendida como “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por serem retos e obrarem retamente, porque deles é o reino dos céus”.
            Quando a fé dos filhos de Deus se desenvolve suficientemente a ponto de se manifestar exteriormente, de modo que aqueles que não participam com eles da mesma experiência começam a notar, então o resultado é a perseguição - a perseguição em si não é uma virtude, mas o Senhor assegura que esses perseguidos são bem-aventurados. Entendemos que essa bem-aventurança advém de a perseguição se dar por causa do evangelho que liberta do erro e da separação de Cristo que veio ao mundo para cumprir seu mister de no poder do Espírito Santo: evangelizar os pobres, proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos e apregoar o ano aceitável do Senhor (Lucas 4: 14-22).
            Para os poderes das trevas - opositores da obra de Cristo - isto é derrota vendida a preço de calúnia e perseguição aos filhos de Deus a quem Cristo envia ao mundo para dar testemunho seu. Todavia, eles prosseguem felizes porque a justiça, a paz e a alegria - o reino de Deus manifesto - (Rm 14: 17) já lhes foi implantado pelo Senhor. Em Cristo, paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Pastoral da semana de 12 de Fevereiro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS LIMPOS DE CORAÇÃO, PORQUE VERÃO A DEUS!
            Tem-se afirmado que os puros de coração são pessoas sinceras e honestas, e a verdadeira característica dos cidadãos do reino de Deus deve ser aplicada às atividades da vida diária. Essa ênfase é encontrada nos evangelhos e nos salmos. Jesus diz que “os limpos de coração são felizes, porque verão a Deus” (Mt 5: 8). O salmista afirma que subirá ao monte do Senhor e permanecerá no seu santo lugar o que é “limpo de mãos e puro de coração” (Sl 24: 3, 4). No aspecto positivo das bem-aventuranças estão a misericórdia, a disposição de sofrer qualquer coisa por amor a Jesus Cristo, a paz e a pureza. “Limpos de coração” no contexto acima significa pureza integral (de mente, alma e coração). Reflete a idéia de uma vida trabalhada como uma vinha limpa pela poda e bem preparada para carregar de frutas; O termo coração aqui significa a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços.
            No entendimento do Sermão do Monte, os que reconhecem sua pobreza espiritual e que choram sua deficiências, e que têm fome e sede de justiça, e são misericordiosos para com os outros, verão a Deus, porque seus corações são puros. Seus pensamentos serão puros e o pensamento puro produz ações limpas, uma vez que do coração emanam as fontes da vida (Pv 4: 23). Conta-se que um multimilionário começou a perder a visão. Tendo consultado todos os médicos especialistas da cidade onde vivia, alguns aplicaram-lhe ungüentos, outros receitaram-lhe colírios, óculos, tudo em vão. Finalmente chamou um especialista de outra cidade o qual, abandonando todos os meios mecânicos, começou  a tratar-lhe o coração. Gradualmente o paciente recobrou a vista até que pode ver como antes. quando pediu uma explicação ao especialista, este respondeu: “O coração estava sujo”. No sentido físico, o coração sujo impede a visão física, e o coração sujo espiritualmente falando, ofusca a visão espiritual e impede ver a Deus.
            Como está o teu coração? Você vê Deus em sua vida?       
             Graça e paz em Cristo!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pastoral da semana de 05 de fevereiro de 2012.

BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS, PORQUE ALCANÇARÃO MISERICÓRDIA!
            Misericórdia é uma palavra antiga, distingue um dos mais importantes aspectos da bondade e do amor de Deus. Ao longo do tempo, tomou um sentido muito rico. No grego (éléos) é uma das mais belas palavras bíblicas; muitas vezes, traduzida simplesmente por amor. Misericórdia ou amor, faz parte do vocabulário da aliança. Da parte de Deus, designa um amor inabalável, capaz de manter uma comunhão para sempre, seja o que for que vier a acontecer (Isaías 54,10).
            Uma outra palavra hebraica que expressa uma terna e profunda compaixão, a saber, é a palavra racham, às vezes lindamente traduzida por “terna misericórdia”. Em sua misericórdia Deus se revela um Deus compassivo, que tem compaixão pelos que se acham na miséria e está sempre pronto a aliviar a sua desgraça.
            “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5,7). A misericórdia é o que há de mais divino em Deus e é também o que há de mais completo no homem: “ele te enche de graça e de ternura”, diz o salmo 103. É preciso ler este texto à luz do versículo cinco do salmo 8, onde se diz que Deus coroa o homem de “glória e de honra”. Criados à sua imagem, os homens são chamados a partilhar a glória e a honra de Deus. Mas são a misericórdia e a ternura que nos fazem realmente participar da própria vida de Deus.
            Aos misericordiosos, Jesus não promete nada mais do que aquilo em que eles já vivem: a misericórdia. Em todas as outras Bem-aventuranças, a promessa contém sempre algo mais, leva mais longe: os que choram serão consolados, os puros de coração verão a Deus. Mas o que poderia Deus dar de mais aos misericordiosos? 
            Quando nos mostramos misericordiosos para com os outros, abrimos as portas de par em par à misericórdia para que entre em nossas vidas. Alcançamos misericórdia não como recompensa, mas porque o hábito de praticar a misericórdia nos capacita a alcançá-la.
            A misericórdia é, pois, já plenitude de Deus nos homens. Os misericordiosos vivem já, então, a mesma vida de Deus.        
             Em Cristo, graça e paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pastoral da semana de 29 de janeiro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, PORQUE SERÃO FARTOS!
            A fome e a sede são sintomas característicos de uma vida normal, sã e vigorosa, e é nos alimentos e na água que refazemos as forças quando passamos por momentos de fome e de sede. Basicamente o pão e a água as fontes da satisfação natural.
            No Sermão do Monte, Jesus se refere a fome e sede de justiça. A sentença de Jesus pode ser assim interpretada: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de serem retos e fazerem justiça, porque eles serão completamente satisfeitos”, porque aqueles que reconhecem sua pobreza espiritual, e que choram por causa dos seus defeitos, são mansos diante de Deus e dos homens e têm fome e sede de viver  e de pensar corretamente, sendo saciados de retidão.
            Quando Jesus discorre sobre as necessidades físicas mais prementes - a fome e a sede - o faz para caracterizar o anelo pela verdade que existe no desejo da nossa alma de sermos cheios de tudo que concerne aos valores do reino de Deus. E o que é o reino de Deus?    
            O reino de Deus é o próprio Deus em Espírito e verdade: é Jesus Cristo; é a sua Palavra transcrita nas Escrituras Sagradas; é a sua Igreja - corpo vivo de Cristo; é o Espírito Santo que age poderosamente guiando os homens à verdade que liberta; é amor divino vivencial. Somente a justiça de Deus pode satisfazer as necessidades da alma. O coração do homem que tem fome e sede de justiça só será saciado de justiça pelo preenchimento do fruto do reino de Deus no seu interior - a justiça de Deus é Cristo, pelo qual somos perdoados e tornados novas criaturas e passamos a agir como luz do mundo e sal da terra pela prática de obras que glorificam a Deus. É uma justiça interior, do coração, que produz santidade, através do Espírito Santo.
            Pão e água “matam” a fome e a sede. É bem-aventurado quem tem fome e sede tanto quanto quem tem fome e sede de justiça porque serão fartos. Jesus Cristo é o pão da vida e fonte das águas (Jo 6: 35) por isso supre a nossa fome e sede de justiça. Se o buscarmos e vivermos sob a sua dependência nunca ficaremos com fome ou com sede porque nele seremos sempre alimentados e dessedentados.
             Nele, Cristo, Graça e paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pastoral da semana de 21 de janeiro de 2012

ÉTICA CRISTÃ: UM MODO DE CONDUTA QUE CONDUZ À BEM-AVENTURANÇA!
            Todos os dias tomamos várias decisões. Fazemos escolhas e determinamos aquilo que tem a ver com nossa vida individual e de nossos semelhantes. Ninguém faz isso no vácuo.  Antigamente pensava-se que era possível pronunciar-se sobre um determinado assunto de forma inteiramente isenta de pré-concepções ou pré-convicções. Hoje, sabe-se que nem mesmo na área das chamadas ciências exatas é possível fazer pesquisa sem sermos influenciados pelo que somos, cremos, desejamos, objetivamos e vivemos. As decisões que tomamos são invariavelmente influenciadas pelo horizonte do nosso próprio mundo individual e social.
            Ao elegermos uma determinada solução em detrimento de outra, o fazemos baseados num padrão, num conjunto de valores do que acreditamos ser certo ou errado. É isso que chamamos de ética. A palavra “ética” vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura. A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais o indivíduo e a sociedade vivem. Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.
            Á ética cristã é o sistema de valores morais associado ao Cristianismo histórico e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos. Como o sistema da conduta humana que se determina pela conduta divina, a ética cristã procede de Cristo e é importante para a vida diária do cristão, uma vez que a cada momento precisamos tomar decisões que afetam a outros e a nós mesmos. A ética cristã ajuda as pessoas a encarar seus valores e deveres de uma perspectiva correta, a perspectiva de Deus. Ela mostra ao ser humano o quanto está distante dos alvos de Deus para a sua vida, mas o ajuda a progredir em direção esse ideal.
            A síntese da ética de Jesus está contida nos seus ensinos, especialmente no Sermão da Montanha (capítulos 5, 6 e 7 de Mateus ), e é ilustrada pela sua vida. O tema central da mensagem de Jesus é o conceito do “reino de Deus”. Esse reino expressa uma nova realidade em que a vontade de Deus é reconhecida e aceita em todas as áreas. Jesus não apenas ensinou os valores do reino, mas os exemplificou com a vida e o seu exemplo.
            Os discípulos de Jesus (os Filhos do Reino) devem caracterizar-se pela ética que os induz à humildade, mansidão, misericórdia, integridade, justiça, paz, perdão, veracidade, generosidade e, acima de tudo, ao amor. A ética de Jesus deve ser a ética dos seus discípulos. Graça e paz em Cristo!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pastoral da semana de 08 de janeiro de 2012

RESGATANDO A PERSPECTIVA CRISTÃ DO “HOMEM IDEAL”!
            Ao pronunciar o extraordinário Sermão do Monte, Jesus deu aos discípulos o exemplo de como deve ser a atuação do indivíduo  diante da realidade da sua própria vida para consigo mesmo e na coletividade, de acordo com a cidadania que tem “do reino”. Reino que para Jesus é o Reino divino cujo significado é o domínio de Deus nos corações dos homens, compreendido na perspectiva de uma sociedade regenerada abrangente entre todas raças, de todas as linguas e nacionalidades.
            O Sermão do Monte está compreendido entre os capítulos cinco, seis e sete do Evangelho segundo Mateus, mas a questão histórica e doutrinária que o introduz se encontra nos três últimos versículos da capítulo quatro. O versículo 23 deve ser estudado em consonância com Marcos 1: 14, 15 onde o dizer: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” reflete que ambos evangelistas ressaltam que Jesus na Galiléia começou seu ministério anunciando as “boas novas” e pregando a necessidade do arrependimento e da crença no evangelho.
            O característico distintivo do cristianismo é a individualidade e a universalidade. O plano do nosso Senhor Jesus é chegar à universalidade por meio do indivíduo. E uma sociedade somente se torna reino de Deus quando, através da mensagem das boas novas, Cristo, pelo agir do Espírito Santo, passa a reinar integralmente na vida dos indivíduos que a compõem.
            No Sermão do Monte, Jesus principia a apresentação do homem perfeito a partir do homem interior, ou seja, a partir dos motivos interiores que governam a vida exterior. Jesus diz que o homem perfeito, o homem ideal no conceito divino é um homem feliz. Mas, observem que o Senhor não emprega o vocábulo que dá a idéia de felicidade humana efêmera, mas, ao contrário, o que significa um estado de bem-aventurança que começa na alma, no interior. O Sermão do Monte nos apresenta o aspecto prático e cotidiano do cristianismo; o seu conceito ético nos fortalece a alma e faz exorbitar a real felicidade.
            Em Cristo, graça e a paz!
            Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.