“E, quando orardes,
não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos
cantos das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles
já receberam a recompensa”
(Mateus 6: 5)
Conta-se
acerca de um ancião, cujas orações comoviam profundamente a congregação a que
pertencia que, certa vez chegou à igreja numa noite muito fria de inverno.
Apenas tinha-se sentado quando o pastor pediu que dirigisse a oração. Ele
levantou-se com dignidade e disse para que todos ouvissem: “Irmão pastor, terá
que me dispensar desta vez. Meu espírito está tão frio como meu corpo. Se eu
tentasse orar neste momento, seria somente para agradar ao meu pastor e
entreter o auditório. Por favor, peça a outro, que esteja no espírito da
reunião, que ore e, quando estiver espiritualmente preparado, terei muito
prazer em orar também”. Outro conto discorre sobre um fazendeiro; ele dizia que
a sua grande dificuldade era o fato de que quando entrava no seu quarto para
orar ser seguido por dois mil bois. Imagine-se o homem tentando orar, com os
olhos meigos de dois mil bois fitos nele!
A
oração é o ato de falar com Deus e é o mais alto privilégio concedido ao homem.
Jesus advoga a sinceridade na oração em público. Porque
somos convidados precipitadamente a orar sem aviso prévio, há, muitas vezes,
insinceridade na oração pública e, usar este grande privilégio para parecer
religioso diante dos homens, é praticar hipocrisia.
Não
há, nas Escrituras nenhuma condenação à oração pública ou a oração individual
oferecida em lugar público. O que o Senhor condena aqui é a oração ostentosa,
com a intenção de ser visto e honrado pelo povo, assim como levar deixar que as
dificuldades da família, as desilusões, as provas, as enfermidades, os ódios,
os prazeres etc, ocupem um lugar reservado para a comunhão com Deus. “Feche a porta”, diz Jesus. Feche a porta da
distração com pessoas e coisas e abra o coração àquele que “sabe o de que
tendes necessidade, antes que lho peçais”. A recompensa é a paz que excede todo
o entendimento que guarda nosso coração e nossa mente em Cristo Jesus. Nele ,
toda paz!
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.
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