Em nossa vida buscamos coisas que nos preencham e, achamos que se as obtivermos estaremos satisfeitos. Mas, o que percebemos é que mesmo depois de alcançarmos aquelas coisas ainda continuamos a buscar outras que nos preencham, pois ainda há espaço vazio dentro de nós. Oscar Wilde, um escritor Irlandes, escreveu certa vez que "neste mundo só há duas tragédias: uma é não se conseguir o que se quer, a outra é conseguir". Precisamos concordar, pois, por mais que nos esforcemos para obter as coisas materiais que mais julgamos necessitar, elas não nos satisfarão. Quando conseguimos alcança-las, sacrificando muitas outras, às vezes, descobrimos que continuamos a ter necessidade.
Carl Jung, fundador da psicologia analítica, em seu livro O Homem Moderno à Procura de Uma Alma, testificou: "o problema de cerca de um terço de meus pacientes não é diagnosticado clinicamente como neurose, mas resulta da falta de sentido de suas vidas vazias. Isto pode ser definido como a neurose geral de nossa época". A palavra de Jung é atual. Demonstra nossos processos ao longo da história. Enfatiza as nossas lacunas e a busca de significado e sentido para a vida.
Há, na bíblia o encontro das irmãs Marta e Maria com Jesus, no relato do Evangelho segundo Lucas (Lc 10: 38-42) que reflete a realidade de como podemos ter nossa vida integralmente preenchida, através de uma busca envolvida na atividade interior. O texto diz literalmente que Marta, enquanto envolvida nas atividades exteriores, estava distraída; Maria quedava-se assentada aos pés do Senhor. Jesus disse que essa é a boa parte. Quando nos colocamos assim, dependentes do nosso Salvador e nos acomodamos aos seus pés, encontramos significado e sentido para as nossas vidas.
A crise da humanidade é a vida que se perdeu em sua própria existência. Nossa vida humana só tem sentido a partir daquele que nos criou. Ele é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Nele tudo existe, inclusive o nosso ser. Buscar significado para a alma fora deste propósito é andar em circulo, caminhar sem rumo. Não vale a pena persistir. Reflita.
Graça e Paz, em Cristo!
Rev. Carlos Alberto Castorino de Oliveira
Pastor da IPJC.
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